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7 coisas que te motivam no trabalho sem que você perceba

Você sabe dizer exatamente quais coisas te motivam no trabalho? É o salário no fim do mês? O reconhecimento? O prazer de realizar projetos que você curte?

O economista comportamental Dan Ariely deu uma palestra bem legal sobre isso no TEDxRiodelaPlata. “A gente realmente tem essa visão incrivelmente simplista do porquê as pessoas trabalham e de como é o mercado de trabalho”, diz.
Mas parece que o buraco é mais embaixo. Adam explica que quando você presta mais atenção no modo como as pessoas trabalham, você percebe que existe muito mais em jogo que o dinheiro. Nessa palestra, ele usa vários estudos conduzidos por ele e por outros profissionais para listar 7 coisas que talvez te motivam no trabalho e você nem perceba:

1. Ver os frutos do nosso trabalho pode nos fazer mais produtivos

O estudo: nesse estudo, conduzido na Universidade de Harvard, Dan pediu que dois grupos de participantes construíssem bonequinhos de Lego. Ambos recebiam cada vez menos para cada personagem construído: $3 para o primeiro, $2,70 para o segundo e assim por diante. Mas enquanto as criações de um grupo eram guardadas embaixo da mesa para serem desmontadas apenas no final do experimento, as do outro eram desmontadas assim que eram terminadas.

O resultado: o primeiro grupo fez 11 peças e o segundo fez sete.

A conclusão: mesmo que não tivesse muito significado, e mesmo que o primeiro grupo soubesse que suas peças seriam destruídas ao final do experimento, ver os resultados do trabalho mesmo que por um tempo curto melhorou dramaticamente a performance.

2. Quanto menos achamos que nosso trabalho é valorizado, mais dinheiro queremos para fazê-lo

O estudo: Dan deu a alguns estudantes do MIT um pedaço de papel com letras aleatórias e pediu que eles encontrassem pares de letras idênticas. A cada rodada, eles recebiam menos dinheiro do que na anterior. As pessoas do primeiro grupo escreveram seus nomes nas folhas e entregaram para o responsável, que olhou e aprovou antes de colocá-los em uma pilha. As pessoas do segundo grupo não escreveram seus nomes, e o responsável pelo experimento colocou as folhas em uma pilha sem olhar para os participantes. O trabalho das pessoas do terceiro grupo foi picado imediatamente após a conclusão.

O resultado: as pessoas cujo trabalho foi picado precisaram do dobro de dinheiro para continuar do que aquelas cujo trabalho foi reconhecido. O segundo grupo, cujo trabalho foi guardado, porém ignorado, quis quase tanto dinheiro quanto o grupo do trabalho destruído.

A conclusão: ignorar o trabalho de alguém é quase tão ruim quanto destruir seus esforços em frente a eles. Segundo Dan, “a notícia boa que é motivar mais não parece ser tão difícil. A notícias ruim é que eliminar totalmente a motivação é incrivelmente fácil, e se não pensamos nisso cuidadosamente, pode ser que motivemos demais”.

3. Quanto mais difícil o projeto, mais orgulho sentimos dele

O estudo: Dan deu papeis e instruções para os participantes construírem uma determinada forma de origami. Então perguntou para os que fizeram os origamis e aos que assistiram quanto eles pagariam pelo produto. Na segunda tentativa, Dan escondeu as instruções de alguns participantes, dificultando o processo e tornando os produtos menos bonitos.

O resultado: no primeiro experimento, as pessoas que fizeram os origamis quiseram pagar cinco vezes mais do que as que apenas assistiram e avaliaram. No segundo, a falta de instruções aumentou essa diferença: os “construtores” avaliaram que os produtos mais feios, porém fruto de um trabalho mais difícil, valiam mais do que os anteriores (mais fáceis e bonitos), enquanto os observadores avaliaram que valiam menos.

A conclusão: a avaliação do nosso próprio trabalho está diretamente atrelada ao esforço que fizemos. Além disso, nós erroneamente achamos que as outras pessoas vão avaliá-lo da mesma forma que nós.

4. Saber que seu trabalho ajuda outras pessoas pode inconscientemente aumentar a motivação

O estudo: num estudo divulgado pela New York Times Magazine, o psicólogo Adam Grant conduziu um estudo em um call center de arrecadação de fundos na Universidade de Michigan no qual cada estudante que tivesse sido beneficiado com uma bolsa gerada com esses fundos falou com os profissionais do call center por 10 minutos.

O resultado: um mês depois, os profissionais passaram 142% mais tempo no telefone do que antes, e a receita aumentou 171%. No entanto, eles negaram que as visitas dos estudantes os tinham impactado.

A conclusão: “foi quase como se os sentimentos bons tivessem passado reto pela consciência cognitiva dos profissionais e ido direto para uma fonte mais subconsciente de motivação”, reportou o Times. “Eles estavam mais motivados a fazerem um bom trabalho, mesmo não sabendo apontar as razões para isso”

5. A promessa de ajudar outros nos deixa mais propensos a seguir as regras

O estudo: Adam conduziu outro estudo no qual colocou placas em pias de hospitais dizendo “Higiene manual previne que você pegue doenças” ou “Higiene manual previne que os pacientes peguem doenças”.

O resultado: médicos e enfermeiros usaram 45% mais sabonete nas estações com as placas que mencionavam os pacientes.

A conclusão: ajudar os outros através do que se chama “comportamento pró-social” nos motiva.

6. Ter nossas habilidades reconhecidas pode aumentar a performance

O estudo: universitários de Harvard deram discursos e fizerem entrevistas simuladas em que os entrevistadores ou acenavam e sorriam ou balançavam a cabeça, franziam as sobrancelhas e cruzavam os braços.

O resultado: os participantes do primeiro grupo mais tarde responderam várias questões numéricas mais corretamente que os do segundo grupo.

A conclusão: situações estressantes podem ser gerenciadas – tudo depende de como nos sentimos. Nos encontramos em um “estado de desafio” quando achamos que damos conta da tarefa (como o primeiro grupo); quando estamos em um “estado de ameaça”, por outro lado, a dificuldade da tarefa toma conta e nos desencorajamos. Ficamos mais motivados e nos damos melhor em um estado de desafio quando temos confiança em nossas habilidades.

7. Imagens que inspiram emoções positivas nos ajudam a focar

O estudo: pesquisadores da Universidade de Hiroshima pediram a alguns alunos para realizarem tarefas manuais antes e depois de olhar para imagens de animais filhotes ou adultos.

O resultado: a performance melhorou em ambos os casos, mas mais (10% de melhora) quando os participantes olharam para fotos de cachorrinhos e gatinhos pequenos.

A conclusão: os pesquisadores sugerem que a “fofura desencadeada” nos ajuda a delimitar o foco, melhorando nosso desempenho em uma tarefa que requer muita atenção.

Fonte: blog.ted.com

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